Está
chegando a hora da nossa apresentação e muitas dúvidas começam a surgir, esses
questionamentos podem ser resumidos em uma única pergunta: como explicar termos
técnicos para quem não é da área de Arquivologia? Se já é difícil para nós
entendermos, imagine para pessoas que não possuem contato ou nunca ouviram
falar em termos como “diplomática” e “tipologia”.
Nós, então, tivemos uma
ideia/solução: iremos apresentar esses e outros conceitos de uma maneira mais
simples. De que maneira? Relacionando-os com o nosso cotidiano e com situações
que passamos ou podemos passar no dia a dia. Vamos lá!
O primeiro ponto, na apresentação, é
definir o que é Arquivologia! Arquivologia pode ser definida como um campo de
estudo ou uma matéria para concurso, todavia, para nós, ela é a ciência do
contexto. Mas o que é contexto? Contexto é o ambiente de produção do documento
de arquivo.
O
primeiro passo para se entender o ambiente de produção é procurar o que a
pessoa (instituição, empresa) faz, pois o documento de arquivo é o que comprova
a atividade realizada por ela. Por exemplo, sou uma pessoa que dirige algum
veículo, para comprovar a atividade “dirigir”, é necessária a Carteira Nacional
de Habilitação (CNH); a carteira é a minha espécie documental, mas qual a
utilidade da carteira? Ela prova que sou apto a dirigir legalmente (função).
Juntando espécie (CNH) e função (comprovar a aptidão para dirigir), temos a
tipologia: CNH para provar aptidão para dirigir.
Trazendo
esse exemplo para o nosso campo de análise, a SAA produz o dossiê do aluno, que
serve, na sua fase corrente (no dia a dia), para acompanhamento do aluno na universidade.
Porém, passada a fase corrente, ela é guardada no Arquivo Central (ACE). Apesar
de não estar mais ativo, há duas situações cruciais para a sua utilização:
desligamento e formatura. Dessa forma, o dossiê do aluno para controle
acadêmico (subsidiar a formatura ou o desligamento) é a nossa tipologia.
Dentro
do dossiê, há vários documentos, escolhemos o certificado do ensino médio, por
causa das inúmeras fraudes que tem ocorrido no processo de ingresso na faculdade ou
universidade. É só fazer uma simples busca no Google que encontramos vários sites
para comprar certificados falsificados e diversas notícias sobre o assunto.
Assim,
o próximo ponto que se coloca em questão é: como saber se um certificado é
verdadeiro ou falso? É papel do arquivista saber isso? Para explicar a questão
da veracidade e da autenticidade, pensamos na seguinte situação: quando
conhecemos uma nova pessoa, temos como saber se ela é falsa ou verdadeira? A
resposta é não! O mesmo ocorre com o arquivista, para ele, todos os documentos
contidos num arquivo são verdadeiros e autênticos, em outras palavras, todos os
documentos são confiáveis.
Com
o tempo, uma pessoa pode mudar e “vacilar” com você? A resposta é sim! Como
desconfiamos ou sabemos que uma pessoa é falsa? Pelos sinais que ela vem
apresentando ou apresenta. Há certas características em uma pessoa que demonstram se ela é ou não confiável, o interessante é que com o arquivo acontece a mesma
coisa, há sinas nele que comprovam a sua autenticidade: carimbo, assinatura,
número do RG, etc. Caso esses sinais sejam adulterados ou falsificados, percebemos
que eles não são confiáveis.
Por
último, não somos as mesmas pessoas na universidade, não somos as mesmas
pessoas com a família e não somos as mesmas pessoas com os nossos amigos. O que
isso tem a ver com os documentos de arquivo? Porque com eles ocorrem a mesma
coisa: o documento de arquivo pode ter inúmeras funções e por que isso ocorre?
Porque varia a situação! E o que é a situação? É o nosso ambiente de produção,
ou seja, o nosso contexto. Entretanto, é importante destacar: o documento de
arquivo terá apenas uma única função quando ele for guardado definitivamente no
arquivo, e é papel do arquivista encontrar a razão da guarda definitiva!
Aaah! Não se esqueça! Nossa oficina é daqui a pouco, às 19h, na entrada do ICC Norte!
Você não vai perder né?!
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